terça-feira, 29 de maio de 2012

No Cais de San Blas


No Cais de San Blas - Maná

Ela despediu-se do seu amor
Ele partiu em um barco no cais de San Blas
Ele jurou que voltaria e chorando em pranto
Ela jurou que esperaria
Milhares de luas passaram
E sempre ela estava no cais esperando
Muitas tardes se aninharam
Se aninharam em seu cabelo e em seus lábios

Usava o mesmo vestido
E se ele voltasse não iria equivocar-se
Os caranguejos mordiam
Suas roupas, sua tristeza e sua ilusão
E o tempo se passou
E seus olhos se encheram de amanheceres
E pelo mar se apaixonou
E seu corpo se enraizou no cais

Sozinha, sozinha no esquecimento
Sozinha, sozinha com seu espírito
Sozinha, sozinha com seu amor o mar
Sozinha, no cais de San Blas

Seu cabelo se branqueou
Mas nenhum barco seu amor lhe devolvia
E no povoado lhe chamavam
Lhe chamavam a louca do cais de San Blas
E uma tarde de abril
Tentaram leva-la ao manicômio
Ninguém pode arrancá-la
E do mar nunca jamais a separaram

Sozinha, sozinha no esquecimento
Sozinha, sozinha com seu espírito
Sozinha, sozinha com seu amor o mar
Sozinha, no cais de San Blas

Sozinha, sozinha no esquecimento
Sozinha, sozinha com seu espírito
Sozinha, sozinha com o sol e o mar
Sozinha, sozinha no esquecimento
Sozinha, sozinha com seu espírito
Sozinha, sozinha com seu amor o mar
Sozinha, no cais de San Blas

Ficou, ficou, sozinha, sozinha
Ficou, ficou, com o sol e com o mar
Ficou nesse lugar, ficou, até o fim
Ficou nesse lugar, ficou, no cais de San Blas
Sozinha, sozinha ficou

Nenhum comentário:

Postar um comentário