sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dizem...

Outra vez...
Acho que já está se tornando rotina.
Mais uma vez eu acordei pensando em você, eita pensamento que domina.
E mais uma manhã ficou parada no tempo, remexendo o baú de lembranças e esperanças, mensagens, e-mails, textos, fotos, vídeos, desenhos, músicas...
Acordei pensando nas vezes que te vi sorrindo, e você tentava esconder o sorriso, mas eu sabia que era por minha causa. Estava me lembrando das linhas que se formavam em seu rosto no momento do sorriso, linhas que eu decorei e hoje estão vivas em minha mente. Essas linhas eram como uma moldura que continha a cura para qualquer dia ruim.
Era só você sorrir e os problemas ficavam no passado, eu nunca tinha vivido algo assim.
Pensei nas manhãs de preguiça, nas conversas longas, nos planos malucos e lindos que tínhamos. Pensei nos breves momentos eternos que acabavam com qualquer frio de inverno.
Todos andam dizendo por aí que você mudou, que já não é mais o mesmo, fez novas escolhas e enfim se encontrou. Dizem que você está mais bonito, mais magro, mais barbado, eu acredito, pois sei de todo o potencial.
Dizem que você vai mudar de casa, que já está embarcando em um novo romance.
Dizem que você andou cansado de como as coisas caminhavam do seu lado, virou outra pessoa e até vive outro lance. Dizem que a sua vida melhorou, você tomou coragem e embarcou de uma vez em outra viagem. Dizem que depois desse tempo ficou tudo tão diferente e que você nem deve se lembrar mais da gente, nem nos dias em que eu te esquentava ou te consolava.
Dizem que isso o que estou sentindo é saudade. É, talvez seja saudade, da alegria que era te ter. Saudade da alegria que irradiava de mim ao te ver feliz. De tanto ouvir dizer, percebo que é melhor matar esse sentimento que tenho por você, mas hoje mais do que nunca eu queria uma dose dos nossos momentos e daquele nosso amor clichê.
As pessoas dizem e acho que sempre vão dizer...
Com o tempo isso passa, depois de alguns meses vocês nem irão lembrar, foi melhor assim, é, elas insistem em dizer, mas na realidade elas dizem por não fazer a menor ideia do que você representou para mim e que nem o todo o tempo do mundo me fará esquecer.


(Esse é um texto antigo, acho que está na hora de me livrar dos rascunhos, e dar espaço para novos textos, novas inspirações, tudo novo de novo)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Wake Me Up When September Ends


Wake Me Up When September Ends


Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when september ends

Like my father's come to pass
Seven years has gone so fast
Wake me up when september ends

Here comes the rain again
Falling from the stars

Drenched in my pain again
Becoming who we are

As my memory rests
But never forgets what I lost
Wake me up when september ends

Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when september ends

Ring out the bells again
Like we did when spring began
Wake me up when september ends

Here comes the rain again
Falling from the stars

Drenched in my pain again
Becoming who we are

As my memory rests
But never forgets what I lost
Wake me up when september ends

Summer has come and passed
The innocent can never last
Wake me up when september ends

Like my father's come to pass
Twenty years has gone so fast
Wake me up when september ends
Wake me up when september ends
Wake me up when september ends

domingo, 15 de setembro de 2013

Definições


Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta
um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não… Amor é um exagero… também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar”…

Mario Prata

(Voz de: Juca de Oliveira)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

The Lighthouse


O belíssimo vídeo acima, The Lighthouse (O Farol), trata-se de comovente animação que ganhou 27 prêmios.
O que falar sobre o vídeo?
Acho que palavras para descrevê-lo seriam desnecessárias, mas vou tentar descrever o meu sentimento depois de assistir.
É um filme extremamente delicado e sutil, trata da relação entre pai e filho e o ciclo natural da vida (nascer, crescer, viver e morrer).
Em pouco mais de 7 minutos ele mostra o crescimento, aprendizado, a partida, o envelhecimento, o retorno e o fim, que também é um novo começo.

"O Farol é a casa, o lar, o porto seguro, o sinalizador de que está tudo certo, o abraço do pai. Os barcos a um só tempo simbolizam as conquistas, mas também as indas e vindas. Cartas são escritas, o pai espera, as estações mudam, e o inverno chega." 

Tudo embalado, como a cereja do bolo, pelo delicado piano de Chien Yu Huang.

É impossível não se sensibilizar com essa animação feita pelo diretor Po Chou Chi.
Po Chou Chi além de um diretor de animação também e um artista. 
Ele possui um grau BFA em Belas Artes da Universidade Normal Nacional e um grau de mestrado em Arte Aplicada da Nação Chiao Tung University, em Taiwan. 
Ele é atual estudando em seu grau MFA segunda animação na UCLA. Po Chou Chi é também um premiado como um cineasta independente. Seu primeiro filme de animação 3D, "A Gaveta da Memória" (2006), ganhou muitos prêmios e foi o rastreio em vários países, como Alemanha, Japão, China, EUA, Coréia e França. 
Em 2010, seu filme de animação em segundo lugar, "O Farol", que é feito na Universidade da Califórnia, ganhou 27 prêmios internacionais e foi a triagem em mais de 50 festivais internacionais de cinema do mundo." 





domingo, 8 de setembro de 2013

Do I Wanna Know?


Do I Wanna Know?


Have you got colour in your cheeks?
Do you ever get that fear that you can’t shift the tide that sticks around like summat in your teeth?
Hide some aces up your sleeve
Have you no idea that you’re in deep?
I dreamt about you nearly every night this week
How many secrets can you keep?
Cause there’s this tune I’ve found that makes me think of you somehow
And I play it on repeat until I fall asleep
Spilling drinks on my settee

(Do I wanna know?)
If this feeling flows both ways
(Sad to see you go)

Sorta hoping that you’d stay
(Baby we both know)
That the nights were mainly made for saying things that you can’t say tomorrow day

Crawling back to you
Ever thought of calling when you’ve had a few?
Cause I always do
Maybe I’m too busy being yours to fall for somebody new
Now I’ve thought it through
Crawling back to you

So have you got the guts?
Been wondering if your heart’s still open, and if so I wanna know what time it shuts
Simmer down and pucker up
I’m sorry to interrupt
It’s just I’m constantly on the cusp of trying to kiss you
But I dunno if you feel the same as I do
But we could be together if you wanted to

(Do I wanna know?)
If this feeling flows both ways
(Sad to see you go)
Was sorta hoping that you’d stay
(Baby we both know)
That the nights were mainly made for saying things that you can’t say tomorrow day

Crawling back to you
Ever thought of calling when you’ve had a few?
Cause I always do
Maybe I’m too busy being yours to fall for somebody new
Now I’ve thought it through
Crawling back to you

(Do I wanna know?)
If this feeling flows both ways
(Sad to see you go)
Was sorta hoping that you’d stay
(Baby we both know)
That the nights were mainly made for saying things that you can’t say tomorrow day

(Do I wanna know?)
Too busy being yours to fall
(Sad to see you go)
Ever thought of calling darling?
(Do I wanna know?)
Do you want me crawling back to you?

"Para amar, é preciso ser vulnerável."


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Quem saberá nos dizer?


Eu já não entendo, não há mais nada, eu sei. 
Essa noite acabou com lágrimas derramadas ao chão e só restam as madrugadas depois daquela conversa e dos olhos vermelhos de tanto chorar, fico olhando a janela esperando a lua se deitar para que assim o dia possa clarear. 
Mais um vez essa distância bagunça as coisas e a falta de paz reina entre nós. Pareço estar perdida em mar aberto, sem rumo, a mercê  desse vai-e-vem que vai balançando, que agita meu corpo, mas que não leva a nenhum lugar. 
Fico perdida nesse mar imenso de gente, parece que cada informação me leva para uma direção contrária e que nunca irei te alcançar.
Perdida, mais uma vez perdida, não consigo ultrapassar essa muralha que foi construída entre nós, não posso ver o que existe ultrapassando essa névoa, como posso saber o que há do outro lado?  
Me sinto como se tivesse perdido a hora, em um aeroporto fechado e dentro de uma aeronave sem permissão para voar, só vendo as horas passar. E nessa dúvida vou ficando no meio do caminho, perdida, sem saber se devo parar ou tentar seguir. 
Olho em volta e vejo essas ruas cheias de gente, gente que não conhece a gente, não sabem o que a gente pensa ou sente, se cruzam por essas ruas intermináveis, mas nunca se notam, parecem tão sem sentimento.
Por tantas vezes me perguntei se em alguma dessas ruas nossas vidas iriam se esbarrar, assim por mero acaso, bem perto eu veria você chegar.
Depois de tantas coisas, talvez um dia a gente se lamente o fato de nunca termos nos encontrado frente-a-frente, nesse tempo só o que cresce é a saudade. Essa saudade que sempre bate, que sempre invade, saudade que faz com que as lágrimas rolem, lágrimas que tentam colocar para fora esse nó que ficou em meu peito, eu preciso tapar esse vazio que ficou, tentar viver outras histórias, conhecer novas pessoas que talvez estejam perdidas nessa mesma estrada.
Sei que ninguém vai tapar esse buraco que ficou, mas quem sabe pelo menos esse nó eu consiga desatar, mas sozinha eu não sei como continuar.
 Guardo tantas palavras que queria ter dito, mas perto de você a voz ficava rouca e sumia, e mais uma vez essas palavras ficavam aqui trancadas em minha boca. Sabe, com o passar do tempo tantas coisas acontecem e a gente vai se esquecendo de cuidar do que é nosso e de quem nos faz feliz, deve ser por esse motivo que existem muitos corações quebrados, depois de tantos desencontros, amores imperfeitos e da euforia misturada à a correria do dia-a-dia, não tem como prever quando uma coisa assim vai acontecer e nós sempre acabamos deixando para amanhã tudo o que temos para dizer e fazer. 
E aqui estamos nós, esperando a hora certa de ser feliz, mas como saberemos se ninguém nos diz. Nesse tempo todo eu só escuto o silêncio, e ele faz tanto barulho que quase chega a me enlouquecer,  entre essas paredes  frias eu penso em nós dois, em toda essa história que ficou para depois. Espero que esse tempo possa passar, quem sabe um outro dia a luz no fim do túnel possa brilhar.
Quem sabe na primavera, outono, inverno ou verão, quem saber não seja aqui e não adianta forçar, quem sabe nós fomos apenas um rascunho de uma história que pode ter sido bela, mas não era para ser aqui, quem sabe em outro dia ou outro lugar.













Ps: Acho que tempo nenhum seria suficiente para não lembrar, pois é impossível esquecer.