quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Quem saberá nos dizer?


Eu já não entendo, não há mais nada, eu sei. 
Essa noite acabou com lágrimas derramadas ao chão e só restam as madrugadas depois daquela conversa e dos olhos vermelhos de tanto chorar, fico olhando a janela esperando a lua se deitar para que assim o dia possa clarear. 
Mais um vez essa distância bagunça as coisas e a falta de paz reina entre nós. Pareço estar perdida em mar aberto, sem rumo, a mercê  desse vai-e-vem que vai balançando, que agita meu corpo, mas que não leva a nenhum lugar. 
Fico perdida nesse mar imenso de gente, parece que cada informação me leva para uma direção contrária e que nunca irei te alcançar.
Perdida, mais uma vez perdida, não consigo ultrapassar essa muralha que foi construída entre nós, não posso ver o que existe ultrapassando essa névoa, como posso saber o que há do outro lado?  
Me sinto como se tivesse perdido a hora, em um aeroporto fechado e dentro de uma aeronave sem permissão para voar, só vendo as horas passar. E nessa dúvida vou ficando no meio do caminho, perdida, sem saber se devo parar ou tentar seguir. 
Olho em volta e vejo essas ruas cheias de gente, gente que não conhece a gente, não sabem o que a gente pensa ou sente, se cruzam por essas ruas intermináveis, mas nunca se notam, parecem tão sem sentimento.
Por tantas vezes me perguntei se em alguma dessas ruas nossas vidas iriam se esbarrar, assim por mero acaso, bem perto eu veria você chegar.
Depois de tantas coisas, talvez um dia a gente se lamente o fato de nunca termos nos encontrado frente-a-frente, nesse tempo só o que cresce é a saudade. Essa saudade que sempre bate, que sempre invade, saudade que faz com que as lágrimas rolem, lágrimas que tentam colocar para fora esse nó que ficou em meu peito, eu preciso tapar esse vazio que ficou, tentar viver outras histórias, conhecer novas pessoas que talvez estejam perdidas nessa mesma estrada.
Sei que ninguém vai tapar esse buraco que ficou, mas quem sabe pelo menos esse nó eu consiga desatar, mas sozinha eu não sei como continuar.
 Guardo tantas palavras que queria ter dito, mas perto de você a voz ficava rouca e sumia, e mais uma vez essas palavras ficavam aqui trancadas em minha boca. Sabe, com o passar do tempo tantas coisas acontecem e a gente vai se esquecendo de cuidar do que é nosso e de quem nos faz feliz, deve ser por esse motivo que existem muitos corações quebrados, depois de tantos desencontros, amores imperfeitos e da euforia misturada à a correria do dia-a-dia, não tem como prever quando uma coisa assim vai acontecer e nós sempre acabamos deixando para amanhã tudo o que temos para dizer e fazer. 
E aqui estamos nós, esperando a hora certa de ser feliz, mas como saberemos se ninguém nos diz. Nesse tempo todo eu só escuto o silêncio, e ele faz tanto barulho que quase chega a me enlouquecer,  entre essas paredes  frias eu penso em nós dois, em toda essa história que ficou para depois. Espero que esse tempo possa passar, quem sabe um outro dia a luz no fim do túnel possa brilhar.
Quem sabe na primavera, outono, inverno ou verão, quem saber não seja aqui e não adianta forçar, quem sabe nós fomos apenas um rascunho de uma história que pode ter sido bela, mas não era para ser aqui, quem sabe em outro dia ou outro lugar.













Ps: Acho que tempo nenhum seria suficiente para não lembrar, pois é impossível esquecer.

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